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Tarot de Marselha

A origem do tarot de Marselha

O Tarô de Marselha (ou Tarot de Marseille, em francês) é um dos baralhos de tarô mais antigos e influentes da tradição ocidental. Sua história envolve uma mistura de origens medievais, simbologia esotérica e evolução artística ao longo dos séculos. Aqui está um panorama histórico sobre ele:

1. Origens medievais e renascentistas

  • O tarô surgiu inicialmente no norte da Itália no século XV como um jogo de cartas chamado “trionfi” (triunfos), mais tarde conhecido como tarocchi.

  • Esses baralhos possuíam quatro naipes (como os baralhos comuns) e uma série de cartas especiais chamadas Arcanos Maiores.


2. Chegada à França e desenvolvimento do estilo “Marselha”

  • No século XVI e especialmente XVII, o jogo do tarô se espalhou pela França, especialmente pelas regiões de Marselha, Lyon e Paris.

  • Os artesãos franceses começaram a padronizar o estilo gráfico dos baralhos. Marselha se destacou como centro produtor, dando nome ao estilo.


3. Características do Tarô de Marselha

  • 78 cartas: 22 Arcanos Maiores (como O Louco, A Morte, O Mago, etc.) e 56 Arcanos Menores divididos em quatro naipes (Copas, Espadas, Ouros e Paus).

  • Ilustrações com forte influência medieval e renascentista, com traços simplificados, cores vivas e figuras simbólicas.

  • Linguagem e ortografia arcaicas nos nomes das cartas (como Le Bateleur em vez de Le Magicien).

4. Uso esotérico e ocultista

  • No século XVIII, o tarô passou de simples jogo para ferramenta de adivinhação e filosofia esotérica.

  • O ocultista Antoine Court de Gébelin foi um dos primeiros a afirmar que o tarô tinha origens egípcias (sem base histórica real), relacionando-o à sabedoria antiga.

  • Mais tarde, ocultistas como Eliphas Lévi e Papus aprofundaram essa abordagem, influenciando a tradição esotérica moderna.


5. Reedições e renascimento moderno

  • No século XX, o Tarô de Marselha foi redescoberto por ocultistas, tarólogos e artistas.

  • Diversas reedições foram feitas com base nos baralhos clássicos, como os de Nicolas Conver (1760), uma das versões mais influentes.

  • Autores como Camoin & Jodorowsky trabalharam na restauração simbólica do Tarô de Marselha, com a intenção de resgatar significados esotéricos perdidos.


Importância

O Tarô de Marselha é considerado um dos baralhos mais “puros” e tradicionais, com grande valor simbólico, psicológico e filosófico. É amplamente usado para:

  • Adivinhação

  • Meditação

  • Estudo de arquétipos

  • Ferramenta de autoconhecimento

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